16 novembro 2009

Problema familiar


Todos devem saber que sou muito ligada à natureza, até mesmo pela educação que recebi por parte dos avós.
Para já, cresci num quintal enorme que tinha de um lado jardim e do outro horta e árvores de fruto como: laranjeiras, uma ameixoeira branca, um pereiro (que dava pêros "pequenininhos"), uma tangerineira e as belas nespereiras.
Quando era pequena o avô Pinto e a avó Ana levavam-me de carroça para a fazenda de Pinhel onde tínhamos uma vinha na parte superior do terreno que dava para a estrada do Cubo, a meio existia uma pequeníssima ribeira que tinha uma ponte estranha (nada mais que uma laje enorme de pedra) onde a burra ficava amarrada e a suportar as minhas brincadeiras. O terreno em frente era talvez dos mais férteis pois era banhado pela ria de S. Sebastião e era também onde se fazia o cultivo do milho.
Havia também o talho do Tio Jorge que era mais usado para cultivo hortícola, onde me lembro de a minha avó fazer umas construções fabulosas de canas que passado uns tempos estavam completamente eliadas com feijoeiros, entre outras plantas. Eu adorava quando me levavam para este talho. Na Primavera com estas plantações eu entretia-me imenso com um pequeno charco que ali há lindíssimo que tinha imensas rãs e no Outono eu voltava sempre com o avô para apanhar as castanhas de um castanheiro que ainda ali existe.
A vinha da Moita.... Pouco me recordo. Só me lembro de uma queda (pequena) que dei lá a trepar uma oliveira e de que o avô tinha bastante medo do poço que penso ser o mais perigoso que tivemos.
Quando estou fora de Pinhel bastante tempo, sinto necessidade de revisitar estes locais. Foi o que aconteceu este fim-de-semana.
Aquilo que para mim seria uma experiência boa, tornou-se num desagrado e desilusão profunda sob os meus tios, primos e mãe.
Os locais que fazem parte da minha infância e que ainda pertencem à minha família estão literalmente ao abandono. Tudo isto porque não se entendem, não querem partilhar, não querem cuidar do que ficou.... Porquê? Ninguém sabe.... E aquilo que era uma vinha bonita, com uma vista maravilhosa e com algumas oliveiras tornou-se no que poderão ver nas fotografias.



Eu, dia 14 de Novembro de 2009 na Vinha da Moita;


O terreno do vizinho;

O terreno do vizinho;


Vinha da Moita;


Vinha da Moita;

3 comentários:

Unknown disse...

Se no post anterior me provocaste um :))))))))))))) aqui é claramente um :(((((((((((((

Temos o mesmo sentimento, e nem uso a vinha da moita como exemplo, para mim o exemplo que me "salta aos olhos" é a casa ...
( repara que ja faz mais de 2anos )

Ana Oliveira disse...

Pois é primo, só que a casa, todos sabemos como está.... e nem se ralam por estarem a pagar agua, luz e os impostos todos os meses... Eu só quis chamar um pouco a atenção.

Ana "Pinta" disse...

vAMOS ESPERANDO...