Para assinalar o dia de de Nossa Senhora das Candeias, 2 de fevereiro, manda a tradição fritar alguma coisa em casa para que não falte azeite e luz durante o ano.
Este ano escolhi fazer as filhoses ou filhoses de joelho como agora lhe chamo para distinguir dos bailarotes que ilustram os roteiros gastronómicos de Ourém com o nome de filhós. Até aceito que em alguns lugares do concelho os bailarotes sejam assim chamados, mas se a nossa herança a nível de doçaria é tão pobre, não a deveríamos preservar e divulgar?
A tradição destas filhoses carrega consigo uma tradição ainda maior. Esta iguaria era feita quando se terminava algo. Quando acabava a vindima, quando acabava a apanha da azeitona, quando o/a ultimo/a filho/a casava, no fim de uma festa ou romaria... e eram feitas sempre no fim de se limpar a cozinha.
Esta é parte da nossa história, é parte de nós e da nossa tradição. Quando vos perguntarem pelas filhoses de Ourém, não as confundam com bailarotes por favor.
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